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Fundo Brasil Alemanha ajuda empreendedoras a turbinar o negócio durante a pandemia

Por Mariana Lima

A solidariedade e o desejo de incentivar o empreendedorismo fez um grupo de amigos alemães a investirem no desenvolvimento de projetos de 22 mulheres da Zona Oeste e Baixada Fluminense. O Fundo Brasil Alemanha foi organizado pela ex-estagiária da Asplande, Eva Kirmes, que conheceu de perto o trabalho das empreendedoras no começo desse ano.

A ideia de criar um capital semente surgiu quando Eva acompanhava as notícias sobre o agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

“A desigualdade entre os dois países era muito clara. Eu sabia que na Alemanha tinham pessoas que estavam mal, mas boa parte dos alemães continuaram recebendo seus salários. A realidade brasileira é outra e eu conhecia isso. Precisava fazer algo para ajudar”.

Ao todo, 47 amigos e familiares de Eva participaram da criação do Fundo. O resultado dessa campanha ajudou empreendedoras a continuarem desenvolvendo seus produtos.

Moradora da Vila da Penha, Germana Alves, de 41 anos, é um exemplo de empreendedora que aproveitou essa oportunidade. Ela usou os R$ 500 que recebeu de capital semente para comprar materiais como tecidos e essências.

O resultado desse investimentos é a criação de uma nova coleção de bonecas de pano, chamada Afeto, cujo desenvolvimento foi inspirado no isolamento social que vivemos.

Já a Eliane Borde, de 59 anos, moradora de Nilópolis, aproveitou o investimento para lançar uma linha de peças para bebê, usando o valor para comprar tecidos e aviamentos em geral para confeccionar as roupinhas.

“Meu maior desafio hoje é vencer a pandemia. Não temos público para vendas em feiras e eventos, os espaço para comercialização estão restritos. E o fundo me ajudou a encontrar uma brecha, lançar outro projeto”, explica Eliane que antes confeccionava roupas para o público de jovens adultos.

A Rivani Rodrigues, de 37 anos, aproveitou o investimento para turbinar seu negócio de massas de pastéis e salgados no bairro Santa Cruz. O investimento a ajudou a desenvolver uma receita de massa integral e a consertar um fogão industrial, que é usado para fritar os produtos.

Para a empreendedora, o investimento surgiu como um suspiro de esperança.

“Muitas vezes ficamos sem motivação, como se tivéssemos sido esquecidas. E o investimento nos deu um impulso, uma nova alegria, não só pelo dinheiro, mas pelo gesto. Eu fiquei muito feliz por saber que alguém que mora tão distante lembrou da gente, se dispôs a ajudar e criou essa coisa tão bonita que nos deu a alegria de voltar a trabalhar”, diz.

O resultado superou as expectativas dos investidores que esperam poder criar um novo fundo dentro de alguns meses. Para a idealizadora do Fundo Brasil Alemanha, a expectativa é que outras pessoas que conhecem o Brasil incentivem esse tipo de ação com as pessoas de seus países.

“Eu vejo o futuro de trocas e ações entre a Asplande e seus estagiários estrangeiros de forma positiva. Muitas pessoas não conhecem o que acontece fora dos seus países e quando há esse contato com o exterior, entende as necessidades do próximo. Espero que assim como eu, outras pessoas tenham esse tipo de iniciativa”, diz Eva.

 

 

 

 

 

 

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