#Retrato de Empreendedora

Por Mônica Santos Francisco - monicasfrancisco@gmail.com
Consultora na ONG ASPLANDE, Colunista no Jornal do Brasil. Coordenadora do Grupo Arteiras

Maria Regina Fontes, se orgulha de anunciar seus 66 anos. Com uma típica sinceridade de quem vive a vida de bem com ela. Não por não ter passado por alguns momentos difíceis, mas por ter superado. Nascida em Três Rios, município que fica no Centro-sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro, veio para a cidade do Rio de Janeiro para viver em Madureira. Hoje, circula como ela mesma diz, por Bangu, Campo Grande e Belford Roxo, mas vive em Itaguaí, no bairro de Piranema.

Sua relação com o artesanato começou criando painéis para festas infantis, através da revista temática Faça Fácil. Logo depois, matriculou-se em um curso de artesanato com palha de milho e fibra de bananeira na EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do governo do estado) e lá , fez outros cursos complementares (contabilizando 09 diplomas de formação, como diz com muito orgulho), e com sua dedicação e habilidade, acabou sendo contratada para ministrar oficinas para os próprios técnicos do órgão.

O respeito ao meio ambiente, sempre presente no discurso de Regina, se traduziu na produção das suas bonecas de PET, com reaproveitamento de tecidos. Com o marido debilitado à época por conta de um infarto e um AVC, a necessidade manter a moradia e a família, fez com que embarcasse de vez na produção e comercialização das suas bonecas.

Participando de feiras e exposições, conheceu a Economia Solidária. Passou a frequentar reuniões, fóruns e com estas participações, apaixonou-se pela causa. Conheceu também a Asplande, através do Programa Rede Cooperativa de Mulheres Empreendedoras da Região Metropolitana. Na verdade Regina diz que simultaneamente nasceu em sua vida a Programa Rede Cooperativa de Mulheres Empreendedoras da Região Metropolitana da ASPLANDE e da Zona Oeste, da qual também faz parte ativamente até hoje.

Atualmente, desta parceria longeva, nasceu a proposta e concretização do projeto de agregar empreendedoras em um local para comercialização. O quiosque, montado na estação Uruguaiana em parceria entre ASPLANDE e o Metrô Rio, já é uma realidade.

As empreendedoras fazem parte do coletivo Sempre Vivas. O Sempre Vivas nasceu da criação de um Fundo Solidário para suprir a necessidade do grupo de ter alguma reserva para emergências. Assim nasceu o Fundo Solidário entre Mulheres Sempre Vivas.

Hoje, o grupo administra de maneira coletiva e autogestionária o quiosque. São cerca de mais de 30 empreendedoras expondo e comercializando no local.

Para o futuro, Regina não teme os desafios que possam se apresentar e sonha com a criação de um ponto fixo em algum prédio da cidade para comercialização de seus produtos e de quem mais vier. Alguém duvida?

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